ATIVOS ESTRATÉGICOS – RISCOS E REPUTAÇÃO

1 jun

Para o vice-presidente sênior da Stern Stewart & Co. No Brasil, Augusto Korps Júnior, a grande tendência por parte das empresas é entender os investimentos em intangíveis como custos. Com a criação do EVA (Economic Value Added), marca registrada da Stern Stewart & Co., para medir o valor criado ou destruído para os acionistas e gerenciar ativos tangíveis e intangíveis numa visão de longo prazo, a consultoria é pioneira no assunto. “Um dos fatores defendido pelo EVA é sair do panorama contábil, que não representa a realidade econômica das empresas, e deixar de enxergar o investimento como despesa”,

De acordo com o executivo, os ativos estratégicos estão relativamente relacionados aquilo que poderá ter um bom desenvolvimento e consequentemente, trazer resultados significativos ao longo da vida da empresa.

Sobre a questão do risco, o fato é que o risco sempre fará parte de uma empresa, principalmente quando há acontecimentos de crise financeira. As tangíveis podem ser citadas como um redutor de risco (Aparentemente não estão gerando valor, mas estão sustendo outros ativos).

Korps lembra que, de acordo com a natureza de cada um, alguns ativos podem trazer mais crescimento e resultado ao longo do tempo, enquanto outros estão mais ligados à redução de risco do que à geração de resultados.

Paulo Marinho, gerente de comunicação do Itaú-Unibanco, comenta as iniciativas do banco referentes à sustentabilidade e marca, com impacto direto sobre a reputação. “Marca é a foto e reputação é a revelação da foto”, diz

Para o executivo, os ativos intangíveis tem uma grande interferência na reputação da empresa, por causa da sua complexidade na gestão, principalmente em casos de fusões. As empresas tem que ter certo cuidado quanto a esses casos, pois a gestão é um ponto fundamental, e a liderança tem que saber ter um bom gerenciamento nesses processos.

Em relação à reputação, Denise Millan, diretora-geral de atendimento da Leo Burnett Brasil, agência responsável pela publicidade da Fiat no Brasil, diz:

“Para tratar a reputação não adianta fazer campanha, é uma construção, tijolo sobre tijolo, e envolve tudo o que a empresa faz todos os pontos de contato, a concessionária, os produtos etc. No caso da Fiat, para construir essa reputação, em um determinado momento paramos de nos preocupar com os 15% que nos rejeitavam e passamos a focar nos clientes que estavam comprando nossos produtos. Hoje estamos entre as marcas mais respeitadas pelo consumidor brasileiro”,

 

http://consumidormoderno.uol.com.br/edic-o-141-outubro-2009/ativos-estrategicos/riscos-e-reputac-o

Tâmisa Alves Silva

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